segunda-feira, 5 de julho de 2010

RESUMO DE DISSERTAÇÃO - EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESPAÇO FORMAL DE ENSINO:

Sílvia Cristina de Souza Trajano
OLIVEIRA, João Gomes Filho. Educação Ambiental em Espaço Formal de Ensino: um estudo de caso realizado no Colégio Municipal Rui Barbosa – Município de Cabo Frio – RJ. Rio de Janeiro, 2008. 54 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente/ UNIPLI, M.sc., Ensino, 2008)

CREDENCIAIS DO AUTOR

João Gomes de Oliveira Filho É licenciado em Ciências Biológicas pela Faculdade da Região dos Lagos do Rio de Janeiro (2006) é Graduado em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2008), Aperfeiçoado em Ciências Ambientais pela Universidade do Grande Rio (2008), Pós Graduado em Gestão Ambiental pela Universidade da Região dos Lagos (2004), Pós Graduado e Direito Público pela Universidade Gama Filho (2008) e Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente pelo Centro Universitário Plínio Leite (2008) e possui a homepage http://lattes.cnpq.br/4685187403080044

RESUMO DA OBRA

O referido trabalho aborda um estudo de caso realizado no Colégio Municipal Rui Barbosa - Município de Cabo Frio – RJ, apresenta uma visão histórica e conceitual do tema no âmbito mundial e nacional no que diz respeito a conferências e legislações que regulamentam a Educação Ambiental. Discute sobre a defasagem profissional dos educadores sobre o assunto, a partir de professores pesquisados que deveriam trabalhar com o tema Educação Ambientais em espaço formal de ensino. A sistematização do currículo escolar tradicional, tambem é abordagem desse trabalho.
A discussão sobre a importância de todos os professores terem em sua formação acadêmica a possibilidade de tratarem assuntos e temas relacionados a EA, o autor destaca que os cursos de reciclagem são de extrema importância para a inserção da EA, complementando falhas na formação dos profissionais de ensino. Indica que as conferências Mundiais sobre Meio Ambiente recomendam a inclusão da EA no currículo escolar, mas que na prática não atingi o objetivo. Aponta como uma das principais causas para essa limitação o planejamento fragmentado e compartimentalizado das escolas, dificultando ainda mais a possibilidade dos profissionais de educação envolvidos com o processo de Educar terem uma postura crítica no que diz respeito a EA. A investigação define através de análise quali-quantitativa, em pesquisa de campo, que os professores passam por várias dificuldades para trabalhar com EA, mesmo que seja transversalmente, conforme sugestão dos PCN’s (que também é abordagem desse trabalho). Mas o principal impedimento, segundo o autor e a análise dos resultados, é a deficiência na formação profissional dos educadores, distanciando suas ações pedagógicas no que se refere a assuntos diferentes de sua formação primária.
De acordo com a pesquisa, num primeiro momento a Educação Ambiental, é analisada em espaços formais de ensino, em que acontece de forma incipiente de acordo com o interesse pessoal, vontade e abnegação do professor.
Num segundo momento, investigam-se as resistências de professores em trabalhar a EA, de um lado pela falta de estímulo por parte da estrutura escolar, mas principalmente, pela carência de informações trazidas em sua formação acadêmica.
Um terceiro momento apresenta, por meio metodológico, o esforço de professores que buscam vincular a temática Ambiental à sua área disciplinar, intencionando conjugar o saber de sua disciplina com a EA, conforme PCN, o investigador questiona: como associar educação e meio ambiente sem preparo técnico e fundamentação político filosófico?
A EA é o caminho para uma formação critica cidadã a qual o homem toma consciência de suas responsabilidades com o mundo natural e conservativo dos recursos naturais a seu dispor. A escola tem papel fundamental, sensibilizador para que no futuro o aluno exerça seu papel no processo de construção de conhecimentos sobre a realidade.

PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

A investigação é realizada a partir de uma perspectiva histórica e documental, onde há vários levantamentos de conferências internacionais e legislações de regulamentação ambiental e educacional, mas tambem documentos de sugestão metodológica do MEC alem de teóricos que enfatizam ou apontam discordâncias entre o escrito e o praticado em vários contextos, principalmente no escolar formal, teórico como: Dias; Rachel Carson; Sato; Leonardi; Travassos; Foucoalt; Reigota; Capra; Branco, dentre outros e os documentos oficiais, também foram instrumentos de análise e reflexão, desde a Constituição Federal de 1988, lei nº 6938/81, lei nº 9276/ 99, resolução nº 11 do CONAMA, Agenda 21, até o PRONEA e os PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais. A Pesquisa relaciona tambem o Clube de Roma, de 1968, a convocação da Conferência de Estocolmo, pela ONU, a Conferência Intergovernamental de EA promovida pela ONU em Tibilisi e a apresentação das principais efemérides.
As perspectivas teóricas apresentadas nos remetem para uma pesquisa de cunho bibliográfico, ao qual o investigador confronta suas análises práticas e de observação às teorias que enfatiza a Educação Ambiental, como sendo uma das soluções encontrada para a efetiva prática das legislações que regulamentam os assuntos Ambientais, mas que não fiscalizam a execução de suas determinações.

BREVE SÍNTESE DA OBRA

A pesquisa contribui para mostrar um recorte da prática da EA em espaço formal de ensino na escola pesquisada e provavelmente em outras escolas do município de Cabo Frio – RJ. A evidencia de que parte dos professores da escola pesquisada não utiliza a EA no cotidiano escolar, foi parcela representativa de que no município de Cabo Frio os professores não possuem a formação acadêmica adequada. Este fato foi comprovado pelas análises quali-quantitativa praticadas nos dados obtidos, com o questionário aplicado aos professores pesquisados. A análise dos dados coletados na pesquisa de campo, permitiu concluir que professores sentem medo de retaliações por parte de diretores, coordenadores ou supervisores, pois a maioria não quis se identificar no questionário. Todos os professores pesquisados possuem formação adequada na área de Educação, alguns com graduação e até pós-graduação, mas grande parte desconhece a legislação e a obrigatoriedade da EA em espaços formais de ensino, a maioria dos pesquisados, nunca estudaram sobre o assunto. Alguns até trabalham com a EA, mas, de forma improvisada, em datas comemorativas como dia do meio ambiente, dia da árvore, etc.
As dificuldades enfrentadas pela escola pública são incontáveis, estruturais, salariais, políticas, econômicas, entre outras, dificultando a inserção da EA, e mesmo aquelas escolas que possuem o mínimo necessário, suas direções não apóiam ou cobram a aplicação da dimensão ambiental, a maioria das escolas não possuem áreas livres, laboratórios, e muitas que possuem não os utilizam devidamente.
A presente pesquisa demonstra que o panorama atual da EA em espaços formais de ensino busca o entendimento de que a formação elementar dos professores é um aspecto negativo que fluência a não efetivação da EA nos espaços não só formais, mas tambem informais.

PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA

As pesquisas bibliográficas realizadas pelo investigador apontam para um progresso de consciência política, a partir das necessidades socioambientais, de que a Educação Ambiental evoluiu da informalidade com os movimentos sociais, que contribuíram para o despertar da consciência ecológica, perante a crise ambiental e ganhou corpo formal diante da convocação das diversas Conferências Mundiais sobre o tema, o que exigiu sua inclusão no currículo escolar. Mas devido ser um tema recente, não possui uma epistemologia própria, não está embasada conceitualmente. A indicação dada pelos documentos educacionais é que a EA transpasse todas as disciplinas de forma transversal, o que segundo a pesquisa, tem dificultado sua sistematização no currículo escolar, exigindo criatividade e novas competências por parte do professor que ainda não as tem.
Reflexão crítica sobre obra e implicações
A pesquisa escolhida para a prática desta resenha é um tema pertinente a realidade mundial e educacional, pois será alvo de minhas futuras análises no que se refere a Educação Ambiental nas escolas básicas, dada a relevância do tema na contemporaneidade. No entanto vamos nos deter a Educação Ambiental no Brasil.
Várias evidências documentais e teóricas foram apontadas pela pesquisa, sendo a escola analisada uma representação regional que trouxe resultados questionadores e inquietantes, quando paramos para refletir que as análises foram realizadas numa escola onde a natureza e os aspectos ambientais são ricos e fartos, mas que ao mesmo tempo requerem cuidados para sua conservação e subsistência por se tratar de uma localidade turística, em que vive da exploração de seu ambiente (beleza) e da pesca. Embora a pesquisa não tenha destacado, a pesca é um dos principais itens que move a economia de Cabo Frio. A questão é: Como, então, esse dado não é aproveitado para ser trabalhado como conteúdo transversal de tema da Educação Ambiental nas escolas locais?
A pesquisa aborda que a Prefeitura de Cabo Frio em sua Lei Orgânica, no Art 160, Inc. 14, estimula e existência da EA no universo escolar, quando prevê: “promover a conscientização de população e a adequação do ensino de forma a difundir os princípios e objetivos da proteção ambiental”. A prefeitura reconhece, no entanto, a necessidade de um olhar diferenciado para os aspectos ambientais, mas os professores por não terem uma formação adequada e uma consciência crítica desenvolvida, não executam as determinações legai locais. O que significa que não adianta leis, decretos que determinam práticas ilusórias que seriam bem menos utópicas se ao invés de determinações sem fiscalizações, fossem elaboradas ações como programas que promovessem movimentos de formação, que orientasse e que fornecessem uma profissionalização mais funcional e menos burocrática, com uma continuidade constante na formação do docente, sem caráter de terminalidade. Haja vista que o profissional da educação não pode se dar por satisfeito com uma terminalidade de estudo, devido ser uma atuação que exige constante reflexão, análise e quebra de paradigmas. Só vamos formar cidadãos conscientes quando tivermos profissionais com igual valor de responsabilidade.
Os resultados da pesquisa tambem enfatizam que os professores não recebem o devido incentivo da própria instituição para a continuidade de formação. O que é uma falha, mas que não isenta o professor de sua responsabilidade de primar pela melhoria da qualidade de sua formação. Algum esforço precisa ser feito de algum lado e alguma ação prática há de surgir de alguma forma.

PRODUTO FINAL

A evidencia da pesquisa se deu no campo da falta de informação, por isso foi elaborado um “Manual de Educação Ambiental” que ilustra as principais informações pertinentes ao tema, com documentos oficiais, leis descrição dos encontros internacionais sugestões de dinâmicas e práticas de educação ambiental direcionado para todas as disciplinas e níveis de ensino. O manual possui informações, dividias em 13 capítulos; organizado com base nas principais literaturas sobre EA do país com a intenção de levar orientações importantes para a prática docente, de maneira a preencher a lacuna de sua formação básica, estimulando o desenvolvimento de uma filosofia interdisciplinar. O manual é direcionado a todos os professores da rede Pública do Município de Cabo Frio, mas, a princípio será oferecido aos professores que se matricularem no curso de extensão de EA ministrado por uma das Instituições de Ensino Superior da Região dos Lagos.
Ações práticas como este produto final, da pesquisa apresentada, podem fazer diferença significativa no despertar de professores para uma realidade que merece atenção e interferência. Trata-se do habitat de vida, de inferências, de interferências (positivas) e de inter-relações. A vida das pessoas está relacionada a vida do Meio ambiente. A natureza não é algo alheio aos nossos interesses. É nossa sobrevivência, é onde respiramos. É onde vivemos! Interfere na vida de todos nós. A Educação Ambiental e local, mas tambem é global.

RESENHA CRÍTICA - CONTRIBUIÇÕES DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: ALTERNATIVA DE INSERÇÃO DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA

Sílvia Cristina de Souza Trajano
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS
MARQUES, Deividi Marcio e Caluzi, João José. Contribuições da História da Ciência no Ensino de Ciências: Alternativa de Inserção de Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio. Enseñanza de Las Ciencias, 2005. Número Extra. Vii Congreso.

CREDENCIAIS DO AUTOR

Deividi Marcio Marques Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências - Hab. em Química pela Universidade do Sagrado Coração (2003), graduação em Licenciatura Plena Em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós graduação em Educação Para a Ciência da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.Atualmente é Professor Adjunto I do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia. Autor de diversos textos, livros, resumos e participação em livros, com vasto acervo de trabalhos acadêmicos sobre assuntos na área específica de física, mas tambem aborda as demais Ciências. Possui a homepage http://www.iqufu.ufu.br. Entre outros trabalhos:

______. A utilização da História da Ciência no Ensino: Proposta de elaboração de mudanças didáticas compartilhadas entre professores em exercício e em formação inicial. Circumscribere (São Paulo) v. 4, p. 86-89, 2008.
______. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL O ENSINO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS.. In: XIV Encontro Nacional de Ensino de Química, 2008, Curitiba. Anais do XIV Encontro Nacional de Ensino de Química, 2008.
______. Formação de Professores de Educação Infantil para o Ensino de Ciências. In: VI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2007, Florianópilis. Atas do VI ENPEC, 2007.


RESUMO DA OBRA

Marques chama atenção para a importância da disciplina História da Ciência nos contextos escolares e formadores, a qual, atualmente, percebemos um desuso considerável das abordagens da História da Ciência, que muito esclareceriam alunos e mesmo os especialistas da área, sobre a essência da Ciência. Pois a compreensão de sua origem revela a evolução social nas diversas áreas do conhecimento contemporâneo, convergindo para as Ciências Sociais.
Assim como a História da Ciência se consolidou como disciplina autônoma na década de 60, o mesmo não ocorreu nas décadas subseqüentes, sendo considerada atualmente uma área interdisciplinar que tem seus temas e conteúdos fragmentado em livros didáticos que pouco abordam sobre a cientificidades das coisas, suas origens e sequer citam a História da Ciência. Alguns desses livros didáticos trazem erros conceituais que reproduzem uma Ciência nada funcional para a vida social e pouco científica para quem pretende ou quer se especializar. O que corrobora quando afirmamos que maioria dos professores que hoje atuam no ensino de Ciências pouco ou nada sabem sobre a História da Ciência.
Conforme Marques, o professor precisa se aprimorar atuando como um pesquisador na busca de novas fontes de pesquisa, descobrindo novos métodos, elaborando novos conceitos, melhorando sua práxis. Aprender sobre outras áreas de conhecimento diferentes da sua de formação é colaborar para uma atuação docente mais comprometida com o social e menos preocupada com o individual. A formação continuada, a pesquisa em periódico, livros, artigos, dissertações e teses corroboram que o conhecimento está disponível para quem quiser, mas para isso há de se desenvolver uma postura cultural de busca, de autoconhecimento e criticidade. Onde o sujeito percebe que precisa progredir. E só com uma atuação didática consciente que valorize o fundamento e o sentido das coisas, para a médio e longo prazo, possamos fazer mudanças significativas com os novos cidadãos formados pela ciência moderna.
Quando Marques destaca sobre a inclusão dos Tópicos de Física Moderna e Contemporânea nos últimos capítulos do livro, no Ensino Médio e que muitas vezes não aparecem nos programas nos chama a atenção para uma problemática de que é um conteúdo visto como não importante. Talvez porque não seja tão relevante para o vestibular que sempre apela para os cálculos e formulas que muitas vezes os alunos retêm por doutrinação.
De acordo com Pérez apud Perrazzan, 1994, que sugere uma introdução da Física Moderna no Ensino Médio, para que seja feita tomando como ponto de partida às dificuldades que originaram a crise da Física Clássica, mostrando os limites de sua validade. Isso é fundamentar dando uma razão aos estudos, diferente do que ocorre na maioria das classes atualmente, onde não há uma base construtivista provocada pelo professor.

CONCLUSÃO

Marques apud Bastos (1998, p. 37) apresenta alguns pontos para nossa reflexão no que diz respeito a importância da História da Ciência no Ensino de... Aborda as deficiências dos cursos de formação de professores, a escassez de textos de História da Ciência que contemplem as necessidades específicas do Ensino de Ciências na escola fundamental e média e a discordância acerca de quais seriam os relatos históricos mais rigorosos e apropriados (existem diferentes possibilidades cujos aspectos positivos e negativos podem não estar evidentes). Este ultimo destaque julgamos ser irrelevante, uma vez que a Ciência entendida como uma verdade absoluta, fechada (certa ou errada, positiva ou negativa) e que se baseia em meros experimentos sem levar em consideração as variáveis da complexidade humana, não é funcional na concepção de Ciência moderna a qual vivenciamos no atual contexto científico. Estamos passando por uma revolução científica que requer uma inter-relação entre as Ciências Naturais e Ciências Sociais. O que já é possível observar. Talvez este seja um dos principais motivos que tornou possível a discussão do ensino de ciências trazendo como fundamentação a História da Ciência no Ensino Médio. A experimentação seguida por uma determinação, aparentemente sem sentido e sem justificativa é a doutrinação da prática científica, tanto do aluno como do professor.
Aprender História da Ciência é entender o porquê das coisas, da Ciência. É ter o sentido e a motivação necessária e indispensável de quem quer compreender a Ciência. A História da Ciência é no Ensino Médio o interesse que falta aos alunos, uma vez que os alunos compreenderiam os episódios históricos, a evolução do progresso científico, a vida, percebendo que as perguntas merecem melhores considerações e atenção que as respostas, que são verdades provisórias e que a qualquer momento podem ser refutadas. Perceber que a Ciência, a religião e a filosofia, têm algo em comum. A “fé” que move uma ou outra e que por este motivo, ao mesmo tempo em que são, aparentemente, dicotômicas, na verdade são complementares. Mas a compreensão de que a Ciência é o método, a filosofia é o pensamento e que a religião é a crença... Que são saberes que questionam, duvidam e que acreditam na natureza das coisas... E que existe uma linguagem universal que explica essa natureza... Só será possível ser percebida com as revelações históricas científicas de um mundo físico com conceitos químicos de origem biológica, mas que se traduz por uma linguagem matemática.
Defendo que a História da Ciência deveria ser trabalhada não apenas no Ensino de Ciências de uma série ou de um curso específico, mas em toda a Educação Básica, mesmo que fosse de modo interdisciplinar. Mas para tanto sabemos da necessidade de uma reforma na formação dos professores, desse modo o primeiro espaço de atuação da História da Ciência seria nos cursos de formação de professores. De todos os professores e não apenas aqueles que são designados a ensinar Ciências. Ciência é um bem comum a todos os cidadãos e para que seja de fato, o Ensino de Ciência, bem como sua fundamentação, é de direito de todos. Não teremos uma sociedade com consciência científica se nossos professores não as têm. E isso requer o desenvolvimento da criticidade, análise e reflexão das práticas pedagógicas, assim como do livro didático, com docentes avaliando seus conceitos e sua pertinência, as abordagens dos temas as aulas e a realidade dos alunos. Perdendo o seu caráter de verdade inalterável, acabada e irrefutável que os professores, muitas vezes, definem os livros.


CRÍTICA

A leitura é rápida, possui um estilo de entendimento claro e objetivo e não perde seu caráter informativo, analítico o que nos traz a luz para uma reflexão sólida a respeito dos aspectos abordados. Requer um mínimo de conhecimentos prévios no que se refere a Física e Química, apenas para que as analogias apresentadas pelo autor fiquem mais ilustrativas e dialógicas, mas seu entendimento não é impossibilitado pelo não conhecimento prévio. O mais importante para que esse trabalho seja eficiente é o interesse e atenção do leitor.
Para encerrar, a História da Ciência é para ser trabalhada com consciência, de forma cuidadosa, analítica e crítica, de modo que os alunos percebam que as verdades não são absolutas, são relativas, questionáveis e muitas vezes refutáveis. Nada está a salvo da crítica e da reflexão. Essa deve ser a principal contribuição da História da Ciência no Ensino, visando uma conscientização científica na sociedade.


INDICAÇÕES

O objetivo deste trabalho é oferece uma análise de cunho científico abordando de que maneira a História da Ciência tem sido apresentada nos diversos ramos da educação e nos livros didáticos, dando enfoque específico ao Ensino Médio.
Os autores destacam a importância da inserção do tópico de Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio, apontando como primordial aliada a História da Ciência como significante para atuação dos professores com dessas disciplinas e tambem para compreensão dos alunos com a aquisição desse conhecimento.